-----///// Família Fantini /////-----
Buscar no site:
  Home
  Histórico
  Árvore
  Brasão
  Notas Biográficas
  Encontro
  Galeria de Fotos
  Cidadania
  Comacchio
  Itália
  Autores
  Agradecimentos
  Fale Conosco
  Indique nosso site
  Adicione aos Favoritos
 

Home >> Notas Biográficas   

Erli Fantini



Quem é?

Erli de Oliveira Fantini é filha de Maria Fantini e Fileto de Oliveira Sobrinho, nascida em Sabará (MG), em 17 de dezembro de 1944. É ceramista, escultora e artista plástica.


O que faz?

Graduada em 1971 pela Escola de Belas Artes da UFMG, onde foi aluna de Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse, Liliane Dardot, entre outros, Erli Fantini teve ali os primeiros contatos com a cerâmica, pintando peças que desenhava e eram executadas por ceramistas da cidade.

Integrou sua formação artística, fazendo curso de cerâmica com Celeida Tostes (1977) e Megumi Yuasa (1977); curso de escultura com Amilcar de Castro (1979-1980) - participação no Atelier Núcleo Artístico, sob supervisão de Amilcar de Castro, onde desenvolveu projetos de escultura, durante um ano; curso de desenho com Luiz Paulo Baravelli (1980) e curso de papel artesanal com Marlene Trindade, no XIV Festival de Inverno da UFMG, em Diamantina (1981).

Foi professora de cerâmica em Festivais de Inverno da UFMG, na Escola Guignard entre (1986-87) e (1995-96) e da EBA/UFMG entre (1997-98). Foi selecionada como professora de cerâmica em projeto da Funarte de 1993 e, através desse, trabalhou na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, montando atelieres de cerâmica.

Em 1970, participou do Salão Nacional de Arte Universitária, realizado no Museu de Arte da Pampulha, onde apresentou trabalhos desenvolvidos em pesquisas com o professor Jarbas Juarez.

Participou também do XIV, XX, XXI, XXII, XXIII SNAPBH, MAP (1982/85/88/89/91); XXXVIII Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Museu do Estado, Recife (1983); I Salão de Artes Visuais, Palácio das Artes, Belo Horizonte (1984); Salão de Artes Plásticas da Aeronáutica, Belo Horizonte (1985); II Salão de Artes Plásticas, MAM-Salvador (1996); III Salão Victor Meirelles, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis (1996).

Recebeu, em 1993, o 1º Prêmio no Salão de Escultura, realizado no Museu do Estado do Paraná, em Curitiba, e participou de exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo, que reuniu os selecionados do Prêmio Unesco de Fomento às Artes. Foi premiada, em 1994, no 3º Salão de Arte Contemporânea do Pará, em Belém, com o Prêmio de Aquisição da Secretaria de Cultura do Estado do Pará. Foi também premiada no XII Festival de Inverno da UFMG, em 1982.


Participou das seguintes exposições coletivas:

XII Festival de Inverno da UFMG, Palácio das Artes (1979); 14º Salão Nacional de Arte, Museu de Arte da Pampulha (1982); mostra coletiva com Eraldo Pinheiro na Galeria Gesto Gráfico, Belo Horizonte (1983); Papel Artesanal, Galeria ICBEU, Belo Horizonte (1984); Cerâmica, Galeria Espaço, Belo Horizonte (1984); 1º Salão de Artes Visuais – Palácio das Artes – Objeto em Cerâmica, com Adel Souki, Belo Horizonte - MG; Papel de Minas, Grande Galeria do Palácio das Artes (1985); Objeto de Interferência, Museu de Arte Contemporânea, Recife - PE (1985); XVII Salão Nacional de Arte, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte – MG; Galeria de Arte do IAB, Belo Horizonte (1986-91); Sete Mulheres, Sete Papéis, Fundação Cultural de Brasília (1986); Papel Artesanal no Brasil, MAC José Pancetti, Campinas, SP (1987); Fundação Cultural de Ibabira, MG (1987); Mostra Panorâmica de Papel, Oficina Guaianases de Gravura, Olinda, PE (1987); Arte de Minas, Secretaria de Cultura de Goiânia (1987); Erli Fantini, Adel Souki e Máximo Soalheiro, Galeria de Arte Itaú, Ribeirão Preto, SP (1987); Grande Galeria do Palácio das Artes – Escultura Contemporânea de Minas (1988), XX Festival de Inverno da UFMG, Poços de Caldas, MG, e Palácio das Artes (1988); Sonhos de Freud, Centro Cultural UFMG, Belo Horizonte (1989); Pinacoteca do Estado – I Encontro de Papel Artesanal da América Latina – São Paulo - SP (1989); Papel Artesanal de Minas, Galeria Mokite Okada, SP (1990); Grande Galeria do Palácio das Artes – Utopias Contemporâneas, Belo Horizonte – MG (1992); Arqueologia do Futuro, Palácio das Artes (1992); Exposition d'Art Contemporain Brésilienne, Mediathéque Jean Cocteau, Massy, França (1992); O Grande Circuito das Pequenas Coisas, Palácio das Artes (1992); Coletiva de Pratos, Kolans Galeria de Arte, Belo Horizonte (1993); A Arte do Objeto, Museu da Inconfidência – 26º Festival de Inverno da UFMG – A Arte do Objeto, Ouro Preto, MG (1994); Coletiva de Pratos, Galeria Artefacto, Vitória (1994); XXII Festival de Inverno de Itabira, MG (1996); Homenagem, Centro de Estudos da Cerâmica, SP (1996); Gestão da Memória, Galeria Guignard, Belo Horizonte (1996); Erli Fantini, Adel Souki e Toshiko Ishii, Museu da Inconfidência, Ouro Preto (1996).

Prospecções:

Arte nos Anos 80 e 90, Palácio das Artes (1997); Centro Cultural UFMG - 10 anos, Belo Horizonte (1999); In-Utensílios, Museu da Casa Brasileira, SP e Palácio das Artes (1999); Erli Fantini, Jorge dos Anjos e Marcelo AB, Espaço Cultural Catalão, Belo Horizonte (1999); 100 Designers Brasileiros, Espaço D&D, SP (2000) e Gabinete de Arte, Museu Histórico Abílio Barreto, Belo Horizonte (2000). Fez mostras individuais na Galeria de Arte, Belo Horizonte (1984); Galeria de Arte do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Cerâmica, Papel e Bronze – Belo Horizonte (1985); Oficina Guaianases de Gravura – Objetos em Cerâmica – Olinda - PE (1985); Objetos em Cerâmica e Ferro, Galeria Onésimo Santos, Casa de Cultura, Sabará - MG (1986); Galeria Casa dos Contos, Belo Horizonte (1988); Sala Corpo de Exposições, Belo Horizonte (1991); Galeria Macunaíma, RJ (1993); Museu da Inconfidência, Ouro Preto (1993); Casa João Turim, Museu do Estado do Paraná, Prêmio Salão da Escultura – Curitiba - PR (1993); Toki Arte Galeria, São Paulo - SP (1995); Kolams Galeria de Arte, Belo Horizonte (1995) e Ponteio Lar Shopping, Belo Horizonte (1996).


Em 2000, a editora C/Arte publicou, dentro da coleção Circuito Atelier, o livro Erli Fantini: depoimento. Esse livro registra o depoimento de Erli, através de projetos e fotos, fala de suas primeiras experiências com a cerâmica, com novas técnicas, esmaltes e queimas, acrescentando também outros materiais como o metal, dando assim uma nova roupagem em suas peças. Ela também conta sobre o intercâmbio de idéias com outros artistas, os cursos livres e sua atividade como professora.

A artista é citada nas seguintes publicações:

. "Belo Horizonte - a cidade revelada", projeto editorial de Newton Silva e Antônio Augusto D`Aguiar, de 1989;

."Processo de modernização do espaço cultural mineiro", de Cristina Ávila, de 1994;

. "Quarenta, a idade da loba", de Regina Lemos, de 1994;

. "Um século de história das artes plásticas em Belo Horizonte", pesquisa de Walter Sebastião, coordenada por Marília Andrés e Fernando Pedro, em 1997;

. Atelier de Ofícios, projeto e fotos de Sylvio Coutinho e texto de Moacyr Latersa, em 2000.

Podem ser encontradas obras da artista no Instituto dos Arquitetos do Brasil, na TV Minas de Televisão e na Reitoria da UFMG, em Belo Horizonte, na Secretaria de Cultura do Estado do Pará, em Belém, e no Museu do Estado do Paraná, em Curitiba.

Fonte: Disponível em: http://www.comartevirtual.com.br/erlifant.htm . Acesso em: 7 dez. 2006; http://www.ouropreto.com.br/noticias.asp?cod=4009 . Acesso em: 7 dez. 2006; http://www.festivaldeinverno.ufop.br/2006/ofi_artesplasticas2005.php . Acesso em: 7 dez. 2006.


CRONOLOGIA

1944 – 1969

Erli de Oliveira Fantini nasceu em Sabará, Minas Gerais, no dia 17 de dezembro de 1944, filha de Fileto de Oliveira e Maria Fantini. Após terminar o curso normal na Escola Santa Rita, Erli casa-se e transfere-se para o Rio de Janeiro, onde permanece até 1967. É nessa cidade que nasce sua primeira filha, Simone.

1969 – 1980

Em 1968, retorna a Belo Horizonte, quando nasce seu segundo filho, Iuri. Decide então entrar para a Escola de Belas Artes da UFMG, onde é aluna de Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse, Liliane Dardot, entre outros. É nessa escola que tem os primeiros contatos com a cerâmica, pintando peças que desenhava e eram executadas por ceramistas da cidade. Ainda como aluna do curso de Belas Artes, passa a dar aulas de arte para crianças na escola primária. Como o curso exige mais dedicação, Erli decide abandonar as aulas para crianças e dedicar-se inteiramente à sua formação. Faz então vários estágios na área de artes gráficas, atua na diagramação, ilustração e publicidade do jornal e da Revista literária da Universidade. Ainda nesse período, ganha seu primeiro prêmio num concurso realizado pelas Massas Orion.

Em 1970, participa do Salão Nacional de Arte universitária, realizado no Museu de Arte da Pampulha, onde apresenta trabalhos desenvolvidos em pesquisas com o professor Jarbas Juarez. Nesse mesmo ano, começa a participar da recém-criada Feira de Artesanato da Praça da Liberdade com duas amigas – Tânia Gontijo e Heloísa Trindade. Juntas mostram na Feira trabalhos de pintura da cerâmica e bijuterias construídas a partir de peças de relógios antigos. Motivadas pelo sucesso da venda dos trabalhos na Feira de Artesanato, decidem abrir uma loja especializada em objetos de decoração.

Paralelamente à produção da loja, Erli continua suas pesquisas sobre a cerâmica. Em 1977, participa do curso de escultura em cerâmica oferecido por Megumi Yuasa, durante o Encontro Nacional de Escultores, em Ouro Preto, e do curso Artes do Fogo, com Celeida Tostes, realizado na Escola Guignard, em Belo Horizonte. Após as experiências vividas nos cursos, Erli decide abandonar o trabalho na loja e dedicar-se inteiramente às suas pesquisas com argila. Compra um forno e monta um ateliê de cerâmica. Nesse novo espaço, inicia seus primeiros experimentos com a queima de cerâmica e começa a oferecer cursos livres, atividade que Erli realiza até hoje.

Decide retornar à EBA/UFMG para fazer o curso de escultura, mas não chega a concluí-lo, pois o cumprimento do currículo já não respondia a seus questionamentos. Freqüenta os cursos livres da Escola Guignard, estuda escultura com Amílcar de Castro (1979) e desenho com Luiz Paulo Baravelli (1980). Participa também das oficinas do Festival de Inverno da UFMG, em 1979. Na décima segunda edição do Festival, freqüenta oficina de desenho com João Quaglia e Jarbas Juarez. Os trabalhos desenvolvidos durante a oficina são premiados e apresentados em mostra coletiva no Palácio das Artes. Em 1981, no XIV Festival de inverno, participa da oficina Artes da Fibra, com Marlene Trindade, quando realiza vários experimentos com o papel. A partir das experiências da oficina, Erli desenvolve uma série de trabalhos com papel, que oferecem à artista um novo segmento para sua linguagem. Moldando o papel, cria formas e relevos que integram com a cerâmica.

1980 – 1990

A partir de 1980, Erli passa a freqüentar o Atelier Núcleo Artístico de Escultura, que funcionava como um espaço aberto para a criação, supervisionado por Amílcar de Castro. Durante esse período, Erli desenvolve uma série de estudos de esculturas em papel e papelão, que depois são executados em chapas de metal.

É nesse período que conhece a ceramista Toshiko Ishii, com quem começa a desenvolver um trabalho em conjunto. Em 1982, Erli participa do XIV Salão Nacional da Arte com uma escultura em cerâmica e, no ano seguinte, participa do XXXVIII Salão de Artes de Pernambuco, realizado no Museu do Estado, em Recife, com uma escultura em bronze.

Expõe, em 1983, com Eraldo Pinheiro na Galeria Gesto Gráfico. Nessa exposição, Erli apresenta peças em cerâmica, que rompem a horizontalidade e se transformam em quadros. Sálvio de Oliveira assim fala desses trabalhos: ”Há que se considerar o aspecto formal do trabalho de Erli. Os trabalhos em cerâmica, antes estáticos e horizontais, ganham com Erli a verticalidade e, com essa inovação, a artista permite que se tenha uma peça de cerâmica numa tela, numa moldura que ela denomina de placas. E nessas placas residem a própria arte, que vai além do olhar e gesto humano”.1

Também em 1983, participa do Projeto Arco-Íris INAP, realizado pela Funarte. Desse projeto participavam artistas de várias partes do País, os quais eram selecionados para dar aulas em várias cidades. Dentro dessa proposta, Erli ministra curso de criação de ateliê de cerâmica, construção de forno e curso básico de cerâmica na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, e curso de pesquisa de pigmentos para cerâmica no Festival de Inverno da UFMG, em Diamantina.

Em 1984, realiza sua primeira mostra individual na Galeria de Arte, em Belo Horizonte, onde apresenta placas de cerâmica, trabalhos em papel artesanal e uma série, a qual denomina Abraços. São figuras feitas em argila e bronze, que se encaixam dando a idéia de abraço. Segundo Ronald Claver, trata-se de “paisagens e corpos que adquirem no espaço uma dimensão humana e poética. (...). e nessas paisagens residem momentos que transcendem a própria arte, que vão além do olhar e do gesto humano. É a poesia sendo barro no seu sentido inaugural e mágico”.2 Erli mostra esses trabalhos em duas exposições individuais na Galeria de Arte do instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em Belo Horizonte, e na Oficina Guaianases de Gravura, em Olinda (1985).

Em 1983, expõe ainda nas mostras coletivas Papel Artesanal na Galeria do ICBEU; Cerâmica na Itaúgaleria e Cerâmica na Galeria Espaço, em Belo Horizonte. Em 1985, integra as mostras Papel de Minas no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e Objeto de Interferência, realizada respectivamente no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em Recife, e no Palácio das Artes. Participa também do Salão de Artes Plásticas da Aeronáutica, em Belo Horizonte, e do XVII Salão Nacional de Arte no Museu de Arte da Pampulha.

Entre 1986 e 1987, atua como professora do curso livre de cerâmica na Escola Guignard, realiza mostra individual na Casa de Cultura de Sabará e participa de exposição coletiva com Uziel Rosenwain na Galeria de Arte do IAB: 7 Mulheres 7 Papéis na Fundação Cultural de Brasília, DF; Papel Artesanal no Brasil no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, SP; coletiva com Vera Queiroz na Fundação Cultural de Itabira, MG; Mostra Panorâmica de Papel na Oficina Guaianases de Gravura, em Olinda: Arte de Minas Gerais na Secretaria de Cultura de Goiânia; e integra exposição coletiva com Adel Souki e Máximo Soalheiro na Itaúgaleria, em São Paulo.

Em 1988, desenvolve pesquisa sobre formulação de tintas para cerâmica oferecido por Jacy Takai, em São Paulo. Expõe individualmente na Galeria Casa dos Contos, em Belo Horizonte, participa do XX Salão Nacional de Arte no Museu da Pampulha e integra a exposição Escultura Contemporânea de Minas, realizada dentro das programações do XX Festival de Inverno da UFMG, em Poços de Caldas (MG) e, em seguida, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Em 1989, participa do I Encontro de Papel Artesanal da América Latina, realizado na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Seus trabalhos estiveram presentes na coletiva Sonhos de Freud, Centro Cultural UFMG, Belo Horizonte, e no XXI Salão Nacional de Arte no Museu de Arte da Pampulha. Também, em 1989, desenvolve com Adel Souki o projeto Tecnotipologia de cerâmica do Vale do Jequitinhonha, patrocinado pelo BDMG Cultural. O projeto consistia em executar uma pesquisa sobre cerâmica do Vale do Jequitinhonha visitando toda a região, a fim de realizar um levantamento fotográfico e entrevistas com os ceramistas.

1990 – 1995

No início dos anos noventa, Erli começa a fazer pintura com o pintor Fernando Flávio, usando na tela os mesmos pigmentos/terra que usa nas cerâmicas. Além dos pigmentos, começa a trabalhar com gesso e massa acrílica aplicados na tela, a fim de criar também na pintura relevos e texturas.

Em 1990, em Tiradentes, Erli oferece curso de cerâmica e técnicas de Raku na Jornada de inverno. Nesse mesmo ano, participa do II Encontro de Papel Artesanal da América Latina, em Belo Horizonte, e da mostra Papel Artesanal de Minas na Galeria Mokiti Okada, em São Paulo. Em 1991, é professora de cerâmica na 23 edição do Festival de Inverno da UFMG. Participa também do XXII Salão Nacional de Arte no Museu de Arte da Pampulha e da mostra coletiva com Toshiko Ishii e Adel Souki na Galeria de Arte do IAB, em Belo Horizonte.

Ainda em 1991, Erli realiza uma mostra individual na Sala Corpo de Exposições, apresentando trabalhos desenvolvidos entre 1990 e 1991. Nessa série, que a artista chama de Cones, mistura materiais, integrando chumbo, ferro e sucata à cerâmica.

Com trabalhos dessa série, participa, em 1992, das seguintes exposições coletivas: Utopias Contemporâneas, com curadoria de José Alberto Nemer, realizada no Palácio das Artes; Arqueologia do Futuro e O Grande Circuito Das Pequenas Coisas, ambas realizadas no Palácio das Artes, com curadoria de Márcio Sampaio; e Exposition d’Art Contemporain Brésilien no Mediathéque Jean Cocteau, Massy (França). Recebe, em 1993, o 1º Prêmio no Salão da Escultura realizado no Museu do Estado do Paraná, em Curitiba, e o Prêmio Unesco de Fomento às Artes na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Realiza mostras individuais na Galeria Macunaíma, no Rio de Janeiro, e no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, participando também de mostra coletiva na Kolans Galeria de Arte, em Belo Horizonte.

É premiada, no ano de 1994, no Salão de Arte Contemporânea do Pará, em Belém, com o Prêmio de Aquisição da Secretaria de Cultura do Estado do Pará. Participa, nesse mesmo ano, de mostras coletivas na Galeria Artefacto, em Vitória, e da exposição A Arte do Objeto, com curadoria de Marília Andrés Ribeiro e Fernando Pedro, no 26 Festival de Inverno da UFMG.

Em 1995, expõe os trabalhos da série Cones em mostras individuais na Galeria Toki, em São Paulo, Galeria Kolans, em Belo Horizonte, e no Museu do Paraná, em Curitiba. Sobre esse período, Cleber Alves e Simone Chacham avaliam que “depois de passar pelo desenho, pelo papel, pela cerâmica e pelos metais, Erli se move agora por todo o repertório e o que se vê é apenas a forma, o resultado sobrepujando a técnica, a perfeita sintonia entre o conceito e sua execução”.3

1996 – 2000

Em 1996, Erli viaja para Barcelona, na Espanha, onde participa do curso Arte e Vida Através da Cerâmica, com Pera Anton. Nesse período, atua também como professora convidada da FUMA, em Belo Horizonte, e professora de cerâmica da Escola Guignard (1995-96).

Realiza, em 1996, mostra individual no Boulevard Gourmet, em Belo Horizonte, e participa do II Salão de Artes Plásticas no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; III Salão Victor Meirelles no Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis; coletiva no Centro de Estudos da Cerâmica, em São Paulo; Gestão da Memória na Escola Guignard, em Belo Horizonte; coletiva com Adel Souki e Toshiko Ishii no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto; e de coletiva na Fundação Cultural Carlos Drumonnd de Andrade, dentro das programações do XXII Festival de Inverno de Itabira.

Entre 1997 e 1998, é professora substituta de escultura da Escola de Belas Artes da UFMG. É professora também no Inverno Cultural de São João Del Rey (1997 e 1999). Nesse período, expõe seus trabalhos nas seguintes mostras coletivas: Prospecções: Arte nos Anos 80 e 90, com curadoria de Walter Sebastião, exposição que faz parte do projeto Um Século de História das Artes Plásticas em Belo Horizonte, realizada no palácio das Artes (1997); Centro Cultural UFMG – 10 Anos, mostra comemorativa dos dez anos de atividade desse espaço cultural, com curadoria de Fernando Pedro e Marília Andrés Ribeiro (1999); In-Utensílios, mostra itinerante no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (1999); coletiva com Jorge dos Anjos e Marcelo AB no Espaço Cultural Catalão, em Belo Horizonte (1999); Designers Brasileiros no Espaço D&D, em São Paulo (2000); e Mostra Gabinete de Arte, com curadoria de Orlando Castaño, realizada no Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte (2000).

Em 1999, Erli organiza, no Mercado Distrital de Santa Tereza, uma mostra de cerâmica, reunindo professores e alunos de vários ateliês de cerâmica de Belo Horizonte. A mostra, cujo objetivo é apresentar a produção dos ceramistas em atividade na cidade, foi realizada novamente em dezembro de 2000.

Podemos encontrar referências sobre suas obras nas seguintes publicações: O Papel de Minas, de Márcio Sampaio (org.). Belo Horizonte: Fundação Clóvis Salgado, 1985: Belo Horizonte – A Cidade Revelada, projeto editorial de Newton Silva e Antônio Augusto D'Aguiar, 1989; Artes Plásticas Brasil 90, de Júlio Louzada, volume 4, 1990; Utopias Contemporâneas, de José Alberto Nemer (org.). Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura, 1992; Quarenta, A Idade da Loba, de Regina Lemos. São Paulo: Globo, 1994; Processo de Modernização do Espaço Cultural mineiro, de Cristina Ávila. Belo Horizonte: C/Arte, Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1997; Ateliê de Ofício, Ensaio Fotográfico de Sylvio Coutinho e texto de Moacyr Laterza. Belo Horizonte, 2000; Gabinete de Arte, texto de Moacyr Laterza, 2000.

A artista possui trabalhos em vários acervos públicos no Brasil, tais como: Secretaria de Cultura do Estado do Pará, em Belém; Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rede Minas de Televisão e Reitoria da UFMG, em Belo Horizonte.


    Janaína Melo
novembro, 2000

________________________

1  Sálvio de Oliveira. Erli uma nova artista. Estado de Minas, Belo Horizonte, 13 de junho de 1984.

Ronald Claver, in: Catálogo da exposição Erli Fantini. Galeria IAB, Belo Horizonte, 1984.

Cleber Alves e Simone Chacham. Erli Fantini. Texto inédito, 1995.


Fonte: Erli Fantini: depoimento. Belo Horizonte: C/Arte, 2000. p. 85-94. (Coleção Circuito Atelier)




   

© 2006 - Família Fantini - Todos os direitos reservados.

Indique a um amigo!

Família Fantini - MG / Brasil
www.familiafantini.com.br

ConB2c